Ernest Kasemann apresenta uma perspectiva da antropologia paulina com dois elementos: o corpo (essência) e o espírito. Todos têm um corpo. Este corpo é um organismo com vários membros. O espírito é a condição de se conduzir a Deus. O autor quer afirmar também que o homem habita no mundo e este mundo tanto quanto o homem é criação de Deus. Os dois estão unidos a Deus[1].
Há uma perspectiva histórica-religiosa no pensamento de Kasemann. O homem tem uma vida histórica que o projeta no mundo. O homem está em vivencia com o outro. Há uma comunhão de pessoa. Kasemann tem uma idéia contrária a de Bultmann[2]. Este afirma o Jesus da fé e não o Jesus histórico. Os apóstolos criaram um mito de Jesus na história. Mas Kasemann afirma Jesus na história com a referencia do judaísmo e do helenismo[3].
Com efeito, Kasemann estabelece a participação do homem na história. É por isso que Paulo identifica a atuação do homem com o corpo e o espírito no mundo[4]. Porque o homem está participando na sociedade e no mundo criados por Deus.
O homem tem uma estrutura ontológica. A essência do homem é ontológica. Mas, qual é a essência do homem? A essência do homem é o próprio corpo. O corpo do homem é a condição de ser com Deus. Esta é a condição pela qual no corpo existe o espírito que pode conduzir a pessoa a Deus. No pensamento de Paulo o homem tem um corpo, a alma e o espírito. O corpo é a realidade material, a alma pode compreender a realidade material e o espírito é a condição para a divindade.
Deus se faz no mundo e no homem pelo Espírito. O Espírito de Deus está com o espírito do homem[5]. Assim, o homem tem a graça em sua vida pelo Espírito de Deus. Mas, Deus criando o mundo dá o dom da liberdade ao homem e, não obstante, ele pode negar a presença de Deus em sua vida. Nesta condição Kasemann afirma uma esfera demoníaca no gênero humano, isto é, quando o homem não está com Deus estende-se para a esfera demoníaca[6]. E claro que não há a necessidade de existir a personificação do diabo ou do demônio, mas, a tendência do homem para afastar-se de Deus.
Jesus Cristo é a fonte da graça no ser humano. Jesus é o caminho que pode conduzir todos a Deus. É somente por Ele que a promessa de Deus se estende ao fim. A redenção de Deus foi realizada por Jesus Cristo vivendo na historia da humanidade[7]. E a humanidade espera a vinda de Cristo na parusia.
Assim, o individuo está inserido no mundo. Isso Kasemann chama de vocação. Porque o homem pode transmitir os dons como um membro do corpo de Cristo. Os dois, o mundo e o individuo não podem estar separados porque Cristo transmite a graça divina para todas as coisas criadas. O mundo e o homem estão em comunhão com Deus por Cristo[8].
Referencia Bibliográfica
KASEMANN, E.; Perspectivas Paulinas. São Paulo: Paulus/Teológica. 2003.
[1] Cf. KASEMANN, E.; Perspectivas Paulinas. São Paulo: Paulus/Teológica. 2003, pp. 11.
[2] Idem, pp. 20.
[3] Idem, pp. 19.
[4] Idem, pp. 35.
[5] Idem, pp. 42.
[6] Idem, pp. 49.
[7] Idem, pp. 54.
[8] Idem, pp. 56-57.
Há uma perspectiva histórica-religiosa no pensamento de Kasemann. O homem tem uma vida histórica que o projeta no mundo. O homem está em vivencia com o outro. Há uma comunhão de pessoa. Kasemann tem uma idéia contrária a de Bultmann[2]. Este afirma o Jesus da fé e não o Jesus histórico. Os apóstolos criaram um mito de Jesus na história. Mas Kasemann afirma Jesus na história com a referencia do judaísmo e do helenismo[3].
Com efeito, Kasemann estabelece a participação do homem na história. É por isso que Paulo identifica a atuação do homem com o corpo e o espírito no mundo[4]. Porque o homem está participando na sociedade e no mundo criados por Deus.
O homem tem uma estrutura ontológica. A essência do homem é ontológica. Mas, qual é a essência do homem? A essência do homem é o próprio corpo. O corpo do homem é a condição de ser com Deus. Esta é a condição pela qual no corpo existe o espírito que pode conduzir a pessoa a Deus. No pensamento de Paulo o homem tem um corpo, a alma e o espírito. O corpo é a realidade material, a alma pode compreender a realidade material e o espírito é a condição para a divindade.
Deus se faz no mundo e no homem pelo Espírito. O Espírito de Deus está com o espírito do homem[5]. Assim, o homem tem a graça em sua vida pelo Espírito de Deus. Mas, Deus criando o mundo dá o dom da liberdade ao homem e, não obstante, ele pode negar a presença de Deus em sua vida. Nesta condição Kasemann afirma uma esfera demoníaca no gênero humano, isto é, quando o homem não está com Deus estende-se para a esfera demoníaca[6]. E claro que não há a necessidade de existir a personificação do diabo ou do demônio, mas, a tendência do homem para afastar-se de Deus.
Jesus Cristo é a fonte da graça no ser humano. Jesus é o caminho que pode conduzir todos a Deus. É somente por Ele que a promessa de Deus se estende ao fim. A redenção de Deus foi realizada por Jesus Cristo vivendo na historia da humanidade[7]. E a humanidade espera a vinda de Cristo na parusia.
Assim, o individuo está inserido no mundo. Isso Kasemann chama de vocação. Porque o homem pode transmitir os dons como um membro do corpo de Cristo. Os dois, o mundo e o individuo não podem estar separados porque Cristo transmite a graça divina para todas as coisas criadas. O mundo e o homem estão em comunhão com Deus por Cristo[8].
Referencia Bibliográfica
KASEMANN, E.; Perspectivas Paulinas. São Paulo: Paulus/Teológica. 2003.
[1] Cf. KASEMANN, E.; Perspectivas Paulinas. São Paulo: Paulus/Teológica. 2003, pp. 11.
[2] Idem, pp. 20.
[3] Idem, pp. 19.
[4] Idem, pp. 35.
[5] Idem, pp. 42.
[6] Idem, pp. 49.
[7] Idem, pp. 54.
[8] Idem, pp. 56-57.
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