quinta-feira, 29 de outubro de 2009

1.2 - O dia da salvação...

1.2 - O dia da salvação...
...porque ele diz: Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri no dia da salvação; eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação (2Cor 6,2). Por “tempo sobremodo oportuno” e “dia da salvação” Os termos referentes não quer apontar uma ocasião de conversão para toda a humanidade, mas, o desfecho final, o esperado dia do Senhor, a decisiva hora da humanidade, o dia da salvação, no seu sentido escatológico de consumação . A encarnação, morte, ressurreição, glorificação de Cristo e a vinda do Espírito dizem respeito ao dia da salvação em que Paulo considera como os últimos eventos, sendo esses decisivos dentro da ação salvífica de Deus na história da humanidade. Aproxima-se o dia da salvação. Esse aproximar, no agora, é o evento escatológico que Paulo afirma o despontar da salvação, na história da humanidade, a plenitude do tempo. O futuro já se inicia no tempo presente :

Cl 1,26 – “o mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora,todavia, se manifestou aos seus santos”; 2Tm 1,10 – “e manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus,o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho”.

domingo, 25 de outubro de 2009

6.1 – Incorporar-se a Cristo: batismo.

6.1 – Incorporar-se a Cristo: batismo.

O Espírito Santo é a força que anima a fé e a união no Cristo ressuscitado[1]. O “renascer”, em Cristo, é o batismo que é conferido a todos aqueles que aceitam e querem seguir a Cristo[2]. Dessa forma, Paulo desenvolve sua teologia, afirmando a eficácia dos ritos e dos sacramentos. Isso podemos conferir em, 1Cor 10, 1-4, no que diz:

“(Não quero que ignoreis, irmãos), que os nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem e que todos atravessaram o mar; todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar; todos comeram do mesmo alimento espiritual; todos beberam da mesma bebida espiritual (pois todos bebiam da pedra espiritual que os seguia; e essa pedra era Cristo)”.

O batismo inicia o Cristão a “configurar-se” em Cristo pelo rito de água acompanhado do Espírito Santo. O pão espiritual tem sua imagem, no maná, e, na verdadeira bebida, simbolizada pela água e rocha, simbolizando, assim, a eucaristia, sinal e presença de Deus em meio aos homens.

O batismo faz referência ao relato da cruz ao qual Cristo foi submetido. O cristão é submerso às águas assim como Cristo foi sepultado. “Fomos, pois, sepultados com ele na sua morte pelo batismo para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova. Se fomos feitos o mesmo ser com ele por uma morte semelhante à sua, sê-lo-emos igualmente por uma comum ressurreição” (Rm 6,4-5). Outra passagem também dá referência ao batismo “Sepultados com ele no batismo, com ele também ressuscitastes por vossa fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos” (Cl 2,12). A cruz torna-se inseparável da ressurreição, o relato da cruz lava, em si, o poder da ressurreição. A ressurreição de Cristo rompe com a lei, a escravidão humana e o pecado que impedem de seguir a Cristo. Por isso, a cruz e a ressurreição são a plenificação da graça de Deus na natureza humana. Pela morte de Cristo, todo o homem é conduzido a Deus. O batismo se torna a nova vida em Cristo.



[1] Apostolicam Actuositatem, 1336

[2] “Tem-se o batismo como ponto de embarque, no âmbito das afirmações de orientação cristológica. A compreensão paulina do batismo oferece a melhor opção para demonstrar com clareza a relação característica entre eclesiologia e cristologia. Além disso, pode-se demonstrar que o horizonte de ambas é a escatologia.” (cf. ROLOFF, Jurgen, A Igreja no Novo Testamento, pp. 97).

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

1.1 - O conceito de plenitude do tempo

1.1 - O conceito de plenitude do tempo

Paulo usa a expressão plenitude do tempo, duas vezes, em suas cartas.

Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei (Gl 4,4).... desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, de fazer convergir nele,na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu, como as da terra (Ef 1,9-10”) .

A plenitude do tempo, no seu pensamento, não é o amadurecimento do tempo ou seu ponto climático, como popularmente se pensa, mas o cumprimento ou término do tempo em seu sentido absoluto[1]. O tempo do mundo chegou ao seu fim com o advento de Cristo. Não que o mundo deixa de existir, mas que o mundo, como o conjunto de valores humanos da humanidade em rebelião contra Deus, entrou em seu último estágio, na etapa final da história[2]. Ou seja, o momento decisivo e final da história humana já começou: Gálatas 4,4, plenitude do tempo expressa o cumprimento do tempo como tempo do mundo ou o tempo cronológico.

Em Efésios 1,10, plenitude dos tempos, expressa o cumprimento de todas as intervenções da historia e da redenção de Deus anteriores, no decorrer do tempo do mundo. A vinda de Cristo foi à última intervenção salvadora de Deus na história (a segunda vinda é o desdobramento final desta última intervenção). Embora Paulo reconheça o caráter ainda futuro do fim dos tempos, fala dele como tendo já sido acontecido ou inaugurado: Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, Paulo não se referia a dias ainda por vir, mas à sua própria época (2Tm 3,1). Essas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado (1Cor 10,11). Mas, o alvorecer da última hora para Paulo (cf. 1Jo 2,18) é entendido, não somente como o julgamento definitivo deste mundo, mas como o raiar do grande dia da salvação, prometido pelos antigos profetas de Israel. Vejamos, em seguida, este outro conceito fundamental, que é o dia da salvação.



[1] “O Reino de Deus é algo que transpõe as dimensões do tempo, sendo presente e também futuro. Não é possível restringir o ensinamento paulino a respeito do Reino de Deus/Cristo a termos temporais. É verdade que ele tende a falar da revelação última do Reino como acontecimento futuro, mas há indícios em apoio do argumento de que o poder deste Reino escatológico está também em ação na vida da comunidade cristã de agora” (cf. Gerald F. HAWTHORNE et alii, Dicionário de Paulo e suas cartas. pp. 1054).

[2] Unitatis Redintegratio, 764

domingo, 18 de outubro de 2009

6 - Organização de Igrejas Locais

6 - Organização de Igrejas Locais
Todos os membros da comunidade eram organizados com seus dons e carismas, dentro daquilo que podemos chamar de Igrejas locais. A edificação, instrução e celebração da ceia eram os objetivos e a promoção do projeto de expansão e crescimento do cristianismo. Ao declarar e proclamar o Evangelho, Paulo tinha a meta de expandir as comunidades e organizando-as para que possam, pela vivência do Evangelho, ser promotoras da Boa Nova de Cristo. É, por isso, que Paulo, ao anunciar o Evangelho exortava as comunidades a exercerem a fraternidade e a comunhão. A vivência da fraternidade e da comunhão, entre uns e outros, é a realidade pela qual a comunidade podia ter objetivo para enraizar o fortalecimento de todos os membros da mesma a pessoa de Cristo, cada qual, compartilhando com seus dons e carismas para a promoção de uma comunidade mais unida e fortalecida.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

1 - A Plenitude dos Tempos

1 - A Plenitude dos Tempos
A morte e a ressurreição de Cristo inauguram o tempo escatológico que se torna o alicerce em todo o anúncio da Palavra de Deus por Paulo. A pregação de Paulo passa a ter sua definição primordial dentro dessa perspectiva escatológica, mesmo tendo o pensamento do apóstolo perpassado por diferentes temas e assuntos. Assim, podemos observar a estrutura do pensamento de Paulo que se segue.

domingo, 11 de outubro de 2009

5 - A Palavra de Deus é proclamada.

5 - A Palavra de Deus é proclamada.

É, no poder do Espírito, que Paulo anuncia a Boa Nova que Deus cumprira em Cristo, pelas antigas promessas feitas aos judeus, no envio do Salvador ao mundo. A edificação da Igreja se realizaria pela proclamação da Palavra. As exortações de Paulo aos cristãos de Roma já são pretensões, no avanço de sua missão até a Espanha. Paulo pretendia ir até a Espanha e esperava apoio e motivações para isso. Tem-se, então, uma relação entre o anúncio do Evangelho e a salvação dos gentios:

“Porventura, não ouviram? Sim, por certo: Por toda a terra se fez ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo...”Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? (Rm 10,l8, 13-15).

Paulo escrevendo aos coríntios ressalta a convicção de que Deus proporciona a salvação a todos aqueles que ouvem a Palavra de Deus pelo anúncio de seus missionários[1]. Paulo anunciava a Palavra de Deus tanto, nas sinagogas, ou quando era convidado para estar em meio aqueles que não tinham conhecimento prévio ou adequado das Escrituras, como os filósofos gregos, por exemplo. O método do apóstolo era o de anunciar e testemunhar Cristo.

Dessa forma, Paulo considerava-se como um pregador e mestre. O apóstolo, escrevendo a Timóteo, afirma que Deus o chama de “pregador, apóstolo e mestre” (2Tm 1,10-11). Paulo evangelizava ensinando e ensinava evangelizando.

O ministério de Paulo é exercido em Tessalônica. Nessa cidade, ele permaneceu pouco mais de três a cinco meses. A saída repentina do apóstolo, dessa cidade, deve-se ao fato da perseguição dos judeus, pois Paulo se tornara uma ameaça aos ideais da comunidade que tinha como estrutura político-religiosa o Império Romano. Ao sair da cidade, o apóstolo deixou atrás de si uma igreja de novos convertidos, que, eventualmente, foram também perseguidos. Algum tempo depois, estando em outras regiões, Paulo recebeu notícias de que os convertidos de Tessalônica estavam firmes, fundamentados, e que não abandonaram a verdade do Evangelho, a despeito das perseguições e dificuldades que enfrentaram após a saída de Paulo. Ao escrever-lhes pela primeira vez, Paulo os considera como igreja modelo. “É a única igreja do Novo Testamento que recebe dele esta recomendação: “..,vos tornastes o modelo para todos os crentes na Macedônia e na Acaia” (lTs 1,7)[2].

A comunidade/igreja de Tessalônica tornou-se eficiente. Ficara por três meses sem a presença do apóstolo após sua fundação. E isso, num ambiente hostil (conflitos, dominação). Entretanto, estavam fazendo a Paulo perguntas relacionadas com escatologia:

Irmãos, não queremos que ignoreis coisa alguma a respeito dos mortos, para que não vos entristeçais como os outros homens que não têm esperança. Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, cremos também que Deus levará com Jesus os que nele morreram. Eis o que vos declaramos, conforme a palavra do Senhor: por ocasião da vinda do Senhor, nós que ficamos ainda vivos não precederemos os mortos. Quando for dado o sinal, à voz do arcanjo e ao som da trombeta de Deus, o mesmo Senhor descerá do céu e os que morreram em Cristo ressurgirão primeiro. Depois nós, os vivos, os que estamos ainda na terra, seremos arrebatados juntamente com eles sobre nuvens ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor” (lTs 4,13-18)[3].

Um outro aspecto interessante é que Paulo, ao começar sua carta, ressalta a comunidade como a eleita: “Sabemos, irmãos amados de Deus, que sois eleitos” (1Ts 1,4). Em 2Ts 2,13, Paulo reforça a realidade de “povo escolhido” por Deus: “Nós, porém, sentimo-nos, na obrigação de, incessantemente, dar graças a Deus a respeito de vós, irmãos queridos de Deus, porque desde o princípio vos escolheu Deus para vos dar a salvação, pela santificação do Espírito e pela fé na verdade”. Isso dá indícios de uma comunidade já estruturada em que Paulo procura reforçá-la na plenitude do Reino.

Para fortalecer as comunidades existentes, Paulo pregava a Palavra de Deus, expondo e demonstrando ter sido necessário que o Cristo padecesse e ressurgisse dentre os mortos. Nos Atos dos Apóstolos, evidencia-se o anúncio de Paulo em Tessalônica: “Explicava e demonstrava, à base das Escrituras, que era necessário que Cristo padecesse e ressurgisse dos mortos. E esse Cristo é Jesus que eu vos anuncio” (At 17,3). Assim, revela-se como o apóstolo anunciava o Evangelho, proclamando a ação de Deus a todos os povos o Reino de Deus que se tornava vigente a toda a sociedade. O Evangelho de Paulo era a vida nova em Cristo feito homem na história[4]. E, o anúncio não era feito somente para os judeus, mas também para os gentios:

Disputava na sinagoga com os judeus e prosélitos, e todos os dias, na praça, com os que ali se encontravam”, “Todos os sábados ele falava na sinagoga e procurava convencer os judeus e os gregos”, “Paulo entrou na sinagoga e falou com desassombro por três meses, disputando e persuadindo-os acerca do Reino de Deus”. (At 17,17; 18,4; 19,8).

Evidentemente, que Paulo ao formar uma comunidade, este era interrogado a respeito dos ideais da Lei de Moisés, no plano da salvação, o valor da circuncisão para se tornarem cristãos. São questionamentos que o apóstolo teve de expor, com prudência, para que pudesse semear o ideal do Reino de Deus, nos grupos que se formavam, no decorrer de sua missão. Os convertidos de Paulo foram capazes de suportar as perseguições, mesmo sem pastores para dar-lhes apoio.

Em Atenas, Paulo encontra um outro ambiente. Após sair de Tessalônica, o apóstolo começa a anunciar o Evangelho e a Boa Nova na região de Corinto. E, assim sendo, Paulo fundamenta sua pregação até, no Cristo, e promove a expansão do cristianismo por um vasto território da Ásia e Europa.



[1] 1Cor 2,1-4

[2] “Paulo apresenta a suas comunidades como enviado plenipotenciário do Ressurreto e órgão executor do Evangelho. Sua tarefa como apóstolo é fazer vigorar o evangelho como norma que determina a vida da Igreja. Ele faz isso, destacando a estrutura fundamental do evangelho, da maneira como ela se lhe mostrou na sua própria experiência existencial. O fariseu, que se encontrava totalmente sob a influência da justiça, da lei, teve um encontro com Cristo vivo, o qual se lhe mostrou como o “fim da lei” (Rm 10,4). (cf. . Jurgen ROLOFF, A Igreja no Novo Testamento, pp. 148).

[3] “O problema de Tessalônica deve ser visto sobre o pano de fundo da expectativa iminente: a comunidade aguarda o breve retorno do Senhor. E, agora acontece que morrem cristãos sem terem participado da parusia. Estariam eles excluídos da esperança? A essa pergunta Paulo, responde em 1Ts 4,13-18. Visto que a esperança de estar presente na parusia de Cristo, de encontrar-se com o Senhor e de poder estar em sua companhia, não vale apenas para os que ainda estão, naquele dia, mas para todos, torna-se importante ressurreição” (F.J. NOCKE, in Manual de dogmática, v. II, org. Theodor SCHENIDER, pp. 384).

[4] “O apóstolo e o evangelho estão diretamente associados. A vocação para o apóstolo pelo Senhor ressuscitado era, ao mesmo tempo, uma admissão ao serviço do evangelho, que excluía todas as demais atividades. É claro que isto significa principalmente o encargo para a proclamação da mensagem de Jesus como Senhor investido por Deus para ser rei escatológico (Rm 1,3s). [...] Ao ser proclamado o Evangelho, Deus impõe seu domínio e vem ao mundo, o que ocorre pela palavra do apóstolo. O Evangelho é, de acordo com Paulo, o agir salvífico escatológico que acontece pela palavra, através do qual é posta em vigor, em vista da fé, a história passado do homem Jesus de Nazaré enquanto o evento que determina o presente e o futuro do mundo”. (cf. Jurgen ROLOFF, A Igreja no Novo Testamento, pp. 147-148).

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

6.3 – Igreja corpo de Cristo.

6.3 – Igreja corpo de Cristo.

Para o conceito de unidade, Paulo afirma a unidade da Igreja a partir da eucaristia. A ceia eucarística é a realização da comunhão com Cristo. O corpo formado por vários membros realiza a comunhão existente que se reflete nos carismas que cada um pode contribuir para o desenvolvimento da comunidade[1]. Na ceia eucarística, todos participam do corpo de Cristo. A partilha existente projeta o cunho moral e fraterno que irá enraizar toda a ação humana na Igreja[2].

Viver a comunhão pela eucaristia é o consentimento em uma imitação de Cristo. O discípulo se rende em “ser” senão semelhante ao mestre[3]. A vivência em Cristo é aceitar o plano de Deus sobre a humanidade. A humanidade pode regozijar-se em ser filhos de Deus, compartilhando entre si como irmãos em Cristo. A humanidade é glorificada, justificada conforme a Cristo Jesus que se fez homem para restituir a humanidade a Deus e para que todos possam se compreender como irmãos[4]. O imenso movimento de renovação espiritual tem como conseqüência a vivência e a participação de cada pessoa, de cada um, na ressurreição de Cristo. A renovação espiritual faz com que cada pessoa se torne uma criatura nova em Cristo JesusSe alguém está em Cristo é uma nova criatura” (2Cor 5,17).

Viver em Cristo é estar em comunhão com Ele e projetar essa vivência na comunidade. O corpo de Cristo reflete, na comunhão espiritual que faz com que a comunidade progrida e se desenvolva. A entrega de cada um ao progresso da comunidade faz alusão a Cristo que se entregou pela salvação da humanidade[5].

A mística, ou seja, a relação íntima com Deus é viver Cristo ressuscitado e refletir com os dons e carismas na comunidade[6]. É pelo Espírito que todos podem ter uma intimidade com Deus. Paulo foi um grande místico e com os dons que se recebe do Espírito cada um pode ter uma relação próxima com Deus. Os dons do Espírito, os carismas é a experiência que cada pessoa tem da relação íntima com Deus. Portanto, a vida em comunidade, ser membro do corpo de Cristo é viver os dons e carisma na Igreja. Isso é a mística que se procede de uma relação de amor com o próprio Deus[7].



[1] 1Cor 10,17; Lumen Gentium, 17

[2] “Cristo é o Cristo da ceia, que pelo pão convertido em seu corpo, da participação em seu corpo a todo cristão que o come como um membro participa no corpo”. (cf. Lucien CERFAUX, Itinerário espiritual de san Pablo, pp. 121-122).

[3] Rm 14,7-9

[4] Rm 8, 26-30

[5] Gl 2,20

[6] cf. Lucien CERFAUX, Itinerário espiritual de san Pablo, pp. 123.

[7] “O corpo de Cristo é, objetivamente, uma interpretação aprofundada do estar em Cristo. O que dá a essa interpretação é a referência à ceia do Senhor.” (cf. Jurgen ROLOFF, A Igreja no Novo Testamento, pp. 119).