domingo, 25 de outubro de 2009

6.1 – Incorporar-se a Cristo: batismo.

6.1 – Incorporar-se a Cristo: batismo.

O Espírito Santo é a força que anima a fé e a união no Cristo ressuscitado[1]. O “renascer”, em Cristo, é o batismo que é conferido a todos aqueles que aceitam e querem seguir a Cristo[2]. Dessa forma, Paulo desenvolve sua teologia, afirmando a eficácia dos ritos e dos sacramentos. Isso podemos conferir em, 1Cor 10, 1-4, no que diz:

“(Não quero que ignoreis, irmãos), que os nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem e que todos atravessaram o mar; todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar; todos comeram do mesmo alimento espiritual; todos beberam da mesma bebida espiritual (pois todos bebiam da pedra espiritual que os seguia; e essa pedra era Cristo)”.

O batismo inicia o Cristão a “configurar-se” em Cristo pelo rito de água acompanhado do Espírito Santo. O pão espiritual tem sua imagem, no maná, e, na verdadeira bebida, simbolizada pela água e rocha, simbolizando, assim, a eucaristia, sinal e presença de Deus em meio aos homens.

O batismo faz referência ao relato da cruz ao qual Cristo foi submetido. O cristão é submerso às águas assim como Cristo foi sepultado. “Fomos, pois, sepultados com ele na sua morte pelo batismo para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova. Se fomos feitos o mesmo ser com ele por uma morte semelhante à sua, sê-lo-emos igualmente por uma comum ressurreição” (Rm 6,4-5). Outra passagem também dá referência ao batismo “Sepultados com ele no batismo, com ele também ressuscitastes por vossa fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos” (Cl 2,12). A cruz torna-se inseparável da ressurreição, o relato da cruz lava, em si, o poder da ressurreição. A ressurreição de Cristo rompe com a lei, a escravidão humana e o pecado que impedem de seguir a Cristo. Por isso, a cruz e a ressurreição são a plenificação da graça de Deus na natureza humana. Pela morte de Cristo, todo o homem é conduzido a Deus. O batismo se torna a nova vida em Cristo.



[1] Apostolicam Actuositatem, 1336

[2] “Tem-se o batismo como ponto de embarque, no âmbito das afirmações de orientação cristológica. A compreensão paulina do batismo oferece a melhor opção para demonstrar com clareza a relação característica entre eclesiologia e cristologia. Além disso, pode-se demonstrar que o horizonte de ambas é a escatologia.” (cf. ROLOFF, Jurgen, A Igreja no Novo Testamento, pp. 97).

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