Kasemann afirma que o valor salvífico de Jesus para Paulo perpassa pela morte de Cruz. A morte de Cruz não deve ser apenas proclamada, mas, viver Jesus crucificado. A morte de Jesus tem o significado de doação. A doação é senão o amor que se estabelece para com o outro[1]. Esse amor se reflete no outro pela caridade.
O homem não se salva por si mesmo, mas, Jesus é que conduz a salvação de toda a humanidade pela cruz. Somente a cruz reflete quem é o verdadeiro Deus e o verdadeiro homem Jesus. O processo da cruz ressalta um fator importante da pessoa de Jesus: a obediência. A obediência de Jesus é sinal de criaturalidade. Jesus se fez obediente até o fim, humilhando-se para conduzir toda a humanidade a justificação. Jesus faz que com a morte de cruz o homem se torne justo perante a Deus. A justificação é o homem livre da Lei se tornando nova criatura. O homem justificado é reconciliado com Deus pela graça divina. Evidentemente que da obediência de Jesus tem – se a justificação do homem, mas também Cristo salvaguarda toda a humanidade ao dia derradeiro tendo esta rejeitada toda a imagem de Adão (desobediente) a Deus[2].
A teologia primitiva (outrora a Reforma) era da Ressurreição. Esta dizia que Paulo era adepto a teologia da ressurreição[3]. A cruz seria, então, a sombra da ressurreição. Cabe a exegese responder tal questão. Em Gl 3,1 afirma que o crucificado foi pintado diante da comunidade, em 1Cor 2,8 as potencias demoníacas responsabilizadas pela morte de Cristo e em Fl 2,6 tem a circunstancia da descida de Cristo em sua humilhação e sua subida gloriosa que perpassou pela cruz. Não obstante, o acesso à cruz tem sua ressalva pela pregação. O evento salvífico não pode estar separado da pregação. A fé vem da pregação sendo a pregação um ato salvífico. A teologia da cruz e da palavra estão unidas[4] e contrapõem a teologia da Ressurreição pois consideravam esta como aquela que justificava todas as ações de Jesus na história. Para Paulo o Ressuscitado, assim o é, porque passou pela cruz. Fala-se do ressuscitado porque teve o evento da cruz. Eis a questão: A história pode desdobrar-se para a divindade? Jesus, Deus feito homem, que viveu na história da humanidade sofreu e morreu na cruz sendo obediente a Deus conduz a humanidade ao eschaton. Isso se deve pelo fato de que Jesus é verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus[5]. Assim sendo a Cruz de Cristo justifica toda a ação do homem e faz parte da concepção teológica de Paulo. Pois, para Paulo Cristo se fez homem na história sofreu e morreu sendo obediente a Deus. Tais fatos ressaltam a humanidade de Jesus e a cruz é um evento que reflete todo o limite do ser humano com sua morte. A morte de Jesus é o ápice de que Ele foi inteiramente humano estando no mesmo nível da humanidade. Porém, não obstante, conduzindo todos à salvação e a estarem à direita do Pai no evento da Parusia. Desta forma afirma-se que a teologia da ressurreição nada mais é do que um capítulo da teologia da cruz[6].
O homem não se salva por si mesmo, mas, Jesus é que conduz a salvação de toda a humanidade pela cruz. Somente a cruz reflete quem é o verdadeiro Deus e o verdadeiro homem Jesus. O processo da cruz ressalta um fator importante da pessoa de Jesus: a obediência. A obediência de Jesus é sinal de criaturalidade. Jesus se fez obediente até o fim, humilhando-se para conduzir toda a humanidade a justificação. Jesus faz que com a morte de cruz o homem se torne justo perante a Deus. A justificação é o homem livre da Lei se tornando nova criatura. O homem justificado é reconciliado com Deus pela graça divina. Evidentemente que da obediência de Jesus tem – se a justificação do homem, mas também Cristo salvaguarda toda a humanidade ao dia derradeiro tendo esta rejeitada toda a imagem de Adão (desobediente) a Deus[2].
A teologia primitiva (outrora a Reforma) era da Ressurreição. Esta dizia que Paulo era adepto a teologia da ressurreição[3]. A cruz seria, então, a sombra da ressurreição. Cabe a exegese responder tal questão. Em Gl 3,1 afirma que o crucificado foi pintado diante da comunidade, em 1Cor 2,8 as potencias demoníacas responsabilizadas pela morte de Cristo e em Fl 2,6 tem a circunstancia da descida de Cristo em sua humilhação e sua subida gloriosa que perpassou pela cruz. Não obstante, o acesso à cruz tem sua ressalva pela pregação. O evento salvífico não pode estar separado da pregação. A fé vem da pregação sendo a pregação um ato salvífico. A teologia da cruz e da palavra estão unidas[4] e contrapõem a teologia da Ressurreição pois consideravam esta como aquela que justificava todas as ações de Jesus na história. Para Paulo o Ressuscitado, assim o é, porque passou pela cruz. Fala-se do ressuscitado porque teve o evento da cruz. Eis a questão: A história pode desdobrar-se para a divindade? Jesus, Deus feito homem, que viveu na história da humanidade sofreu e morreu na cruz sendo obediente a Deus conduz a humanidade ao eschaton. Isso se deve pelo fato de que Jesus é verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus[5]. Assim sendo a Cruz de Cristo justifica toda a ação do homem e faz parte da concepção teológica de Paulo. Pois, para Paulo Cristo se fez homem na história sofreu e morreu sendo obediente a Deus. Tais fatos ressaltam a humanidade de Jesus e a cruz é um evento que reflete todo o limite do ser humano com sua morte. A morte de Jesus é o ápice de que Ele foi inteiramente humano estando no mesmo nível da humanidade. Porém, não obstante, conduzindo todos à salvação e a estarem à direita do Pai no evento da Parusia. Desta forma afirma-se que a teologia da ressurreição nada mais é do que um capítulo da teologia da cruz[6].
Referencia Bibliográfica
Kasemann E., Perspectivas Paulinas. São Paulo: Teológica/Paulus, 2003