domingo, 16 de agosto de 2009

1 - A motivação de Paulo para a edificação das comunidades.

1 - A motivação de Paulo para a edificação das comunidades.

No longo percurso de sua atividade como pregador e fundador de comunidades, Paulo se destaca por ser um grande teólogo e um grande missionário. A eficácia da atividade missionária de Paulo é refletida pelas suas comunidades fundadas por ele, no período de 47 a 57, ele plantou igrejas, em quatro províncias do Império Romano: Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia. Após dez anos de atividade, nas comunidades, ele escreve a carta aos romanos, já não tem campo de atividade naquelas regiões (Rm 15,23Mas, agora, já não tenho com que me ocupar nestas terras; e como há muitos anos tenho saudades de vós”). Paulo é, senão, uma combinação de teólogo profundo e missionário fervoroso que atua, na pregação do Evangelho, no anúncio da Boa Nova de Cristo. Paulo caracteriza cada grupo formado por ele como uma igreja, isso podemos perceber em 1Ts 1,1 (“Paulo, Silvano e Timóteo à igreja dos tessalonicenses, reunida em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo. A vós, graça e paz!”) quando ele se refere à comunidade já como Igreja[1].

Paulo sofria inúmeras perseguições e rejeições. Dessa forma, podemos nos perguntar qual era o motivo que levou Paulo a edificar comunidades ao longo do Mediterrâneo? A motivação de Paulo eram as próprias convicções, enquanto missionário e enquanto teólogo. Assim, ele era impelido a lançar-se ao mundo para anunciar o Evangelho e a edificar as comunidades por toda a Ásia e Europa. No que se segue, convêm destacar algumas considerações que são vitais para a nossa compreensão da ação do apóstolo.



[1] “Paulo reserva a palavra ekklesia quase exclusivamente para designar cada reunião local dos cristãos. Ela corresponde, assim, aproximadamente ao teor da palavra alemã Gemeinde [comunidade]. Assim, a indicação dos destinatários da mais antiga carta de Paulo tem o seguinte teor: “[...] à comunidade (ekklesia) dos tessalonicenses em Deus Pai e n o Senhor Jesus Cristo” (1Ts 1,1). Em total correspondência com isso, ele recomenda aos cristãos romanos “nossa irmã Febe, diácona da comunidade em Cencréia” (Rm 16,1). Essa referência local fica especialmente onde a palavra é associada ao nome de uma determinada província ou região, para designar os cristãos que nela vivem”. (cf. Jurgen ROLOFF, A Igreja no Novo Testamento, pp. 104).

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